Emagrecimento e HIV – Por que emagrecem tanto?

Às vezes parece que o mundo todo quer emagrecer, tantas são as informações a respeito. E embora muitos consigam emagrecer graças ao método para emagrecer correto para seu biotipo, não são poucos que ainda relacionam emagrecimento repentino e HIV, principalmente se a pessoa em questão foi durante toda a vida alguém acima do peso (ou, para usar um eufemismo comum e terrível, “forte”).

Recebo semanalmente em meu e-mail relatos de pessoas desesperadas por ter “perdido muito peso rápido demais” e suspeitando que isso advenha do ataque do vírus HIV.

Infelizmente não possuo diploma de medicina – e mesmo se tivesse, seria no mínimo temerário fazer um diagnóstico on line… – mas a imensa literatura médica sobre o vírus HIV me permite saber o que é preciso.

Por que os portadores do vírus HIV emagrecem tão rápido?

hiv e emagrecimento

Primeiramente, não vamos generalizar: diferente do início conhecido da infestação do vírus HIV,   ter AIDS e ser magro já não são mais sinônimos, graças aos avanços no tratamento clínico, psicológico e farmacológico do portador do vírus HIV. Contudo, o quadro de debilitação infelizmente natural causado pela deficiência imunológica ainda causa severa perda de peso em alguns casos. Eis as principais causas:

  • Perda de apetite causada por fatores físicos ou emocionais.
  • Frequente aparecimento das chamadas doenças oportunistas, que se aproveitam da ausência de anticorpos para atacar.
  • Metabolismo desregulado por deficiências hormonais.
  • Disfunções na eliminação das fezes, que causam má absorção de nutrientes.
  • Síndrome consumptiva: a perda sem explicação clínica e rápida de mais de 10 por cento do peso corporal.

Quais os tratamentos conhecidos para combater o emagrecimento causado pelo HIV?

  • Avaliação periódica da carga viral e uso dos remédios antiretrovirais prescritos.
  • Acompanhamento nutricional de acordo com as características da infecção (baixa, média, alta ou terminal).
  • Pesagem frequente do paciente: anualmente para pacientes sem sintomas e com frequência semanal, quinzenal ou mensal para os demais.
  • Frequentes avaliações física e laboratorial (exames de sangue).
  • Acompanhamento psicológico e psicoterapêutico, dentre outros prescritos pelo médico quando ele achar necessário.

O vírus HIV e seus portadores tem sido estudados e tratados há mais de 30 anos, por isso não cabem mais intolerância e preconceito contra quem precisa, antes de mais nada, ser lembrado que é possível manter um padrão saudável de vida acima e além do vírus.